quarta-feira, 30 de abril de 2008

Uma vez eu disse a um pássaro: Voa porque você é um animal.
Outra vez eu confessei ao meu ego: fuja antes que o seu ego te prenda.

A lógica justifica sempre o que é plausível. Subverte, e produz velharias e penhascos de molhos de chaves com chaveiros de dentes de elevantes. Até caixinhas de lápis de cor transforma o mundo.

Se o seu mundo for um papel, nada do que é mutável estabelece uma ordem, nem mesmo o tempo.

Aplaudiu. Disse, "goza".Mas uma vez a Maria Arrependida voltou-se contra o cálice. Situações inesperadas à ponto de fé.Prerrogativas, vinganças, e holocaustos haviam se situado em suas doces e humildes cinturas.Quanto caos.

Existia um Rei, um rei que gostava de ser Rei. Um rei que gostava de ser homem.Mas uma vez se desglorificou: lógicamente ele era. Pecaminoso, corrupto.Os alarmes da cidade tocavam como orquestas similares aos colírios do vento.Quem prejudica a necessidade, corrompe o natural.

Foi assim que se determinou:Nada na vida se solidifica com pressa. Nada na vida é estável tão quanto pensamos ser.Um indíviduo é um rio, com várias inércias.Nem mesmo a Serra da Canastra pode ser o lugar mais belo para os que carecem de nobreza intelectual, factual, de sensações.É preciso ser sábio e lhe dar com o horroso.Na humilhação, peça clemência e seja atendido com a misericórdia da humildade.

Quantas e quantas vezes ela se perdeu num caminho sem volta.Dessa vez, as estrelas não soluçavam mais pelo teu nome.Virou passado de um presente sem glamour.Cada verso pré-escrito prolonga-se ao caminho de alguma razão. Você vê e ouve: ruas, casas, cidades, jardins.Mas nada é tão amplo como uma alma.Uma alma possui não caráter, mas sim essência.Caráter é uma limitação próspera da clareza de cada personalidade. Não julgo o certo pelo duvidoso, nem a ética pela moral.Nada do que dizem os lunáticos pode ser relavado tão como os membros da Ciência.Até Galileu tá virando Santo. Isso já é maldade.

Extamente porque, ao contrário do que é recíproco, existe a hipocrisia.No fato das coisas, continuo plantando roseiras e personagens para justificar os meus vesvaneios com os meus "eus".No Plural, isso pode parecer engraçado e frigído: mas é real.Numa situação de desiquilibrio, uma puta, vira uma santa, e um homem vira um animal.Pode acorrer o contrário, se é que posso justificar o quanto eu estou sóbria à se tratar disso.Eu marginalizei-me. Dei cara a tapa na paixão da controvérsia.Mais uma vez, as coisas vem registradas em silêncio, e fica claro:Duvidar é preciso.Novamente, eu preciso de um copo de rom.

Obrigada aos meus personagens imaginários por ser tão escatalógicos como eu.
Até mais doce proeza da Liberdade. Bato palma, e gozo.

Já Maria Arrependida, foi-se um sobrenome.

domingo, 27 de abril de 2008

Salvador Dali.


Me vejo numa embarcação rumo ao conhecimento da minha própria sabedoria que lateja, que corteja, que inventa e que se subtrai nas essências dos meus navios que param no porto dos meus sonhos. Sou a solidão e o nada e o vento. Assim, como sou uma ave rapina presa, e louca gritando de desespero pela liberdade.Quantos e quantos céus vi em minha mente e nenhum refletiu como o "hoje" a elegância da minha eterna ternura de ser o que eu já não sou mais. Cresci em palácios brilhantes, sem tetos, domesticadoa, poderosos, imaginários, gritando à Deus que todas as preces me forem ouvidas. Atirei cuspis na direção do meu próprio inimigo: o tempo. Assim como atiro em jardins de alvoradas que não me mostraram a paz. Assim como escolhi acreditar no Inferno das coisas: novamente o tempo, novamente o meu marásmo. É preciso ter equilibrio, força e fé na salvação, na não rendeção, cantar e latejar. A priore o resto é resto.

sábado, 26 de abril de 2008

Solidão foi uma palavra que eu aprendi sozinha. Coisas foi uma palavra que eu aprendi fazendo coisas, dizendo coisas.Vida foi uma palavra que eu não aprendi porque eu ainda não a entendo.Mas não sei. Tudo é tão caótico.
Não vou ressucitar os mortos porque os mortos estão mais vivos que eu.
Um caráter é um erro, um amor é um brinde, um adeus e uma liberdade. Talvéz, pré-meditada ou acodida.
Corri o Rio de Janeiro inteiro. Abaixei, era bala.

HOMEM.


Esfreguei no roupão aquilo que não podia ser verdade. Guardei no meu bolso um bilhetinho de fidelidade, suspirei a vinda de novos gases e emoções. Suplifiquei pelo caminho do amplo e da felicidade. As minhas neuras se submeteram na estação da rádio 9. Uma rádio marginalizada, corrompida pela liberdade, censurada pela dragão-mídia-marrom. Me dei bem com a tedência da prosperidade, me limitei à censura: agora sou jovem com um canudo na mão. Meus pais quiseram medicina. Agora eu sou jovem. Talvéz louco, triste ou suícidia. Mas isso, tanto faz.

"Tem lugares que me lembram minha vida, por onde andei..."


Cantando ciranda, existia uma menina. Penando de culpa, existia um alguém. Mobilizando uma dor: existia uma impunidade. Concretizando uma saída: latente uma esperança.Esperança que dava simbologia à vingança. Vingança que se submetia, trazendo vestidos nus de caráteres. Roçando como selva, gemendo mais de ódio do que de dor: soluçando o ser MULHER.Solução e um caminho sem volta, dilacerando as raízes do patriarcado. Batendo as asas para quem usa colírio nos olhos do tempo. Revolucionando a alvorada dos ventos, chamamos cata-ventos da liberdade.
Tantos momentos de inspirações vãs e eu aqui nesse quarto, e eu aqui presa nessa parede cor de mel, e eu aqui presa nesse dedo, e eu aqui, tentando me liberar do meu negócio de mim, e eu aqui tentando ultrapassar o meu, e eu aqui tentando ultrapassar o tempo de minha alma, e eu aqui tentando aceitar que perco noites de sonos para que todas minhas linhas escritas sejam completamente diferente de todas que já escrevi na vida,e por assim ser, de tão diferente, ser todas iguais. E eu aqui.

Cristalização e Noruegas.

Hoje eu quero escrever sobre a Europa porque a Europa é chique. Hoje eu quero escrever sobre a manipulação e o concenso, sobre o velho, sobre o novo, e sobre a minha taça de vinho quente.
Hoje a jangada disciplina novos meios para que o horizonte fotografe com outras cores o Sol beijando as costas finais do Oceano. É um novo mundo. É uma nova idéia.
É um clique pela falta de imaginação. E assim como todo poderoso, seus antropocêntrismos perderam o foco: viraram plural.
Viraram anima-festas.
Após tanto caos, e guerras, e bombas atômicas capazes de matar cem vezes a humanidade existente, é tanto circo.
Hoje eu vou falar da minha esperança que cavalga em cima de qualquer estúpido cavalo branco: hoje eu vou celebrar a paz bebendo vinhos de sangue.
Hoje eu sou obsolteta. Nada justifica o que já não me retrai. Vivam os mortos, porque os vivos dessa nova geração já nascem sem alma.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A mais Bela chegou


Escrevi versos que nem eu sei. Escrevi versos que muito antes de serem versos nem eu sabia. Escrevi versos que depois se serem versos, foram-me esquecidos pela enferrujada memória. Escrevi versos porque versos só servem para serem escritos.
Cultivei a promessa, cultivei o lirismo, o louco, o amigo, o jovem. E entre todas essas coisas me perdi na ocasião do flagelo, do relâmpago, do armago. E esqueci. Não existiam rosas tão belas como as que eu não poderia ver. O dinheirinho era aquele emprestado na contra-mão. Quem há de dizer que eu penei? E penei para me penar. Me penei para propagar a minha intelectualidade falsa.Eu prefiro ser um jovem do que um anjo. Entre mil neblinas, a fumaça do cigarro me atrai mais.Sou o prefácio, subjulgado e reduzido. Nas entrelinhas de rodapés sou um marasmo. Nas folhas do vento, qualquer insignificância.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Eu preciso de silêncio e só, eu preciso de perseverança e só. Eu preciso de algum lugar em mim pronto para arriscar no papel o que eu não sou por assim ser, e entender por não ser nada. Eu preciso de um lugar no interior do meu eu onde o equilibrio seja tão louco como a loucura dos desvairados, e que seja tão tenso como um furacão bruto, cansado de destruir tetos. Eu encontrarei o nada em todas as coisas que penso ser verdadeiras, e nas utopias a busca pela liberdade, que só de ser desejada, já me torna livre.
Irei fechar meus olhos, e respirar sem que o infinito seja-me uma regra. Prevalecerei, intacta.
Venho com coragem e sangue na mão te dizer que eu sou muito mais que a vingança dos desesperados nas noites de chuvas doentes de pragas, que assim como gargantas serenas e severas roucas, como áridos e cactos sombrios que impregnam os lugares com manchas de sangue em gargantas cansadas de gritar: sou a voz. O ecoar.
Sou mais do que as suas ordens mundiais apontadas para o meio, para o centro, para o interior, para o núcleo. E pronto. Sou um suspiro sem fim, sem muro sem muralhas, sem casa, sem papel.

terça-feira, 22 de abril de 2008

E me beija a boca com catarro.


É mentira o que dizem sobre a África. Eu não sei o que dizem, mas eu sei que o que dizem é mentira. Os atlas geográficos estão errados, e as encicoplédias não precisam mais de tantas fotos. Quem pode observar o nômandismo, sabe, confessa, borbulha: talvéz seja ilusão. Ah! Tanta guerra e caos. Tantos medos, e navios. Tantas flores, e poetas, e mártires. Mas há uma saída. Os portuguêses estão à boroa. A tecnologia se propaga. A indiferença, a evasão, o sopro: escambal! Sou o herói do nada. Das flores secas no deserto que queima, que emerge. Tanto motivo, e motes presos nas gargantas, e tantos luxos chamados "camões" e "Camões" e "camõezinhos". Trovadores, corruptos, populares, engajando o que há de mais belo. Somos um povo. Somos uma ordem. Crescente, decrescente. Somos. Sou a história. O genocídio. A tranqueiragem, a luneta."Escambal!", sopro, morte. Vinda, vinda, vinda. Cajados nas mãos: não há mais o que justificar. a vingança é uma ordem. Corra.
E sou uma insatisfação do meio do nada, tentando buscar o equilibrio das coisas. A raíz da certeza é a fertilidade das dúvidas, das razões. Felizes são os poetas, que vivem e dormem prontos para que o despertador soluçem em seus ouvidos gemidos de suas amadas. Tristes são os cangueceiros, perdidos em jazidos, respirando balas.

Mas cabum! Olhe eles aí denovo. Assombração. O resto é feitiçaria.

Foi dito que as coisas seriam mais belas.


árvores, jardins, carro, cidade, flores, mato, vento, elefante, bilhar, estrela, coração, morte, caminho, lugar, mar, peixe, hipopotamo.
Sinto que ando escrevendo bosta.
Você corre o tempo todo de você mesmo, tentando absorver o que há de pior nas suas questões infra-vermelhas de uma psicologia somente alimentada em vícios vagabundos, de leituras vinculadas à uma burguêsia de Luxo, Autônoma, capitalista, que fede Café, que espirra em você o tempo todo o que você é. E você sobe todos os dias os degrais do "raciocinio" como se cada pisar fosse abstraido pela força elementar da sua insignificância. Então, você formula criticas como se elas fossem mesmo criticas. Você é um ferroz na Terra do nada, em um mundo primitivo como se cada gesto seu não movesse nenhuma palha. Acredite nos Jornais. Sua insuficiência é crônica.
Vou começar dizendo que o meu eu-lirico é uma arrogância daquilo que eu sinto, queimando os meus valores, liquidando o meu interior físico, e imaterial. Vou dizer que a penúmbria do ser está ligada à uma dávida, pentecostal, universal, dilateral. E assim, vou correr à primavera.Mergulhar no infinito das coisas para ultrapassar o que demais me prende nos meus "is". E quando eu estiver pronta para entender que não existe salvação, e nem a pátria vagabunda para me ceder e dar às mãos, saberei decor, saltiado, que eu fui muito mais que uma mulher: é assim que se aceita ser. No infinito, na crítica: é tudo orgânico, tudo pesa. Tudo é carne, e sangue, e bolha, e nuvens e ar, e pulmão e vagina, e sexo, e sexo, e sexo, e sexo, e sexo, e pronto.As coisas me parecem difícies para serem compreendidas pelos outros, pois é exatamente isso: o meu eu-lirico é um alcolatra vádiu. Justifico: sofre. Sofre, e sofre. E eu me encarrego feito cúpula, feito força do vento tentando contrair minha cólica térrea para justificar os meios do projétil-cidadão: sou novamente mais do que uma regra. Apesar de não citar deformações. Plurais, que vão e que ficam. Escorre no dedo uma lágrima amiga, e uma erva medicinal sabe muito bem lhe dar com a paisagem humana da penúmbria, da morte, do veneno, do caos, do esteriótipo.Um dia ei de ser mais que um cão, mais que um vádiu, mais que uma mulher, ei de ser mais do que uma contradição: porque eis aí as diferenças incertas: Uma mulher, um vadiu, e um cão.Por que eis aí a diferença da diferença. E eis aí a racionalidade do meu eu-lirico que pulsa, que vibra, que goza, que subtrai. Que concretiza uma idéia na estatistica do nada, do evento, e do estupro. Eu sou o mundo cão, a paisagem dos que habitam. O ser, o interior. E eu não quero saber de mais nada, comprendo o medo dos que vivem e tranquilo-os, chorem por existir.

domingo, 20 de abril de 2008

O abstrato é o ridiculo do que é real. As coisas tem suas importâncias no mundo porque demos significado à elas. Se não fosse a cultura a abstração seria indefinida. Cada cidadão representa uma ordem, assim como os navios que conforme as leis da física, consegue atravessar oceanos sem afundar. O ridiculo é o que anima os olhos, a vida perpetua como se cada irregularidade clínica e oblíca se ostentasse na solução do nada. As coisas se retraem o tempo todo, não existe idéia que não seja corroziva.

sábado, 19 de abril de 2008

Eu ei!

Sinto por um momento que a covardia é um cálice de ordem, é um orgão bélico de uma opéra sacramentada inventada para o nada, envolvida na fragmentação de suas hierarquias, de suas castas, de suas mucosas. Sinto por um momento que o medo gruda em escovas de dentes que percorrem dentaduras amigas e dentes travados. O caos, o ranger. Existe em mim um talento mórbido de inclinação do egoismo: vou celebrar a vida marchando em cima de calendários e amarelinhas presas nas calçadas. Serei eternamente ofuscante, serei retóricamente suja, como uma célula de um real vinculada à um parto comercial, representando apenas um troco.
Eu ei de ser tão livre como um rotina de 24 horas, que machuca, que sobrepõe. Que soluça: covardia.

Um momento só.

Se ouvesse na vida alguma maneira de simplifica-la a ponto de converte-la ao acaso do exato, o caos prevaleceria em todas as seivas da bondade e da ética. O coração que pulsa, cospe sangue no patrão. Existe uma razão pela qual a minha veia se impulsiona ao detrimento do meu próprio corpo: a passagem de meu sangue, minhas artérias. Tudo isso é um sinal de que o mecânicismo-orgânico está sendo impulsionado ao seu caminho de ordem: o tempo.
Assim que o tempo chegar as coisas prevalecerão, e estar vivo a cada segundo, é aproximar-se da morte. Numa névoa de sentimento robusto, engajado, solidificado, na esperança de que nenhuma hipotese de obrigatoriedade suponha qual é o principio da vida, os heróis aparecerão para mostrar seus filmes de Valetes novamente. Vocês vão ver. As pombas minimenizaram o impulso do vôo. As aguias ficaram mais alertas. As bactérias iram entrar em meu pulmão essa noite, e tudo será como antes, e tudo será como sempre.
Os átomos seram eternizados na solidariedade do nada, tudo ficará mais claro... e eu voltarei a viver.

Simples.

Cansada de me impulsionar rumo à perdição do meu próprio equilibrio e me satisfazer com o silêncio da voz que mais me tirou noites de sonos, promessas... que ficam. Nada é aceito, nem mesmo a posição. As estrelas caem, de vez enquando, e desabam. Embaixo de cada céu, há uma promessa. Um destino, um ser. Alguns caminham em circulos... outros, tentam alcançar o brilho da vida. É fato que eu me entendi no brilho de olhos alheios, e também é fato que acabei me engolindo numa prisão. Toci noites em peso, na esperança de que qualquer larva energumina me motivasse na criação de outras novas colheitas. Nada feito. Meu coração se sensibilizou ao mártire do meu EU. Caminhou assim de repente: siga a tua vida, o resto ecoa ou desaparece.